Como a comida interfere na inteligência das crianças?

Olá, mamães e papais!

Vamos falar de alimentação saudável para os pequenos?

Nós já sabemos o quanto os alimentos altamente processados fazem mal à saúde, não é?

Mas, além disso, a ciência descobriu que uma alimentação pobre em alimentos naturais e rico em comidas altamente processadas pode afetar o desenvolvimento da inteligência na primeira infância, segundo pesquisa publicada no Journal of Epidemiology and Community Health.

O efeito do Fast Food é tão grande no QI que pesquisadores da Universidade de Bristol disseram que as crianças com uma dieta “saudável” podem obter um aumento da inteligência.

Os cientistas ressaltaram que uma alimentação natural é vital no início da vida da criança, à medida que o cérebro cresce em seu ritmo mais rápido durante os primeiros três anos de vida.

Isto indica que o crescimento e desenvolvimento cerebral neste momento da vida está ligado à capacidade intelectual e “é possível que uma boa nutrição durante este período possa estimular um crescimento cerebral saudável e adequado”.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas acompanharam a saúde e o bem-estar a longo prazo de cerca de 14.000 crianças, como parte do Estudo Longitudinal de Pais e Filhos (ALSPAC), do país ocidental.

Os pais foram interrogados sobre os tipos e a frequência da comida e bebida consumida pelos filhos quando tinham três, quatro, sete e oito anos e meio de idade.

Eles foram marcados em uma escala que variava de menos dois para os mais saudáveis ​​a dez para os mais insalubres.

O QI foi medido usando um teste validado – a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças – de 4.000 crianças quando elas tinham oito anos e meio de idade.

Os resultados encontrados depois de levar em consideração fatores potencialmente influentes, uma dieta alimentar predominantemente processada aos três anos de idade, foi associada a um QI mais baixo aos oito anos e meio, independentemente de a dieta ter melhorado após essa idade.

Cada aumento de 1 ponto no escore do padrão alimentar foi associado com uma queda de 1,67 no QI.

Por outro lado, uma dieta saudável foi associada a um QI mais alto aos 8,5 anos de idade, com cada aumento de um ponto no padrão alimentar ligado a um aumento de 1,2 no QI.

Os padrões alimentares entre as idades de quatro e sete anos não tiveram impacto sobre o QI.

Apesar de um aumento modesto, os cientistas disseram que as descobertas do estudo estavam de acordo com pesquisas anteriores do ALSPAC que vinculavam a dieta da primeira infância e, posteriormente, comportamento e desempenho escolar.

A Dra. Kate Northstone, líder da pesquisa, disse: “Isso sugere que quaisquer efeitos cognitivos e comportamentais relacionados aos hábitos alimentares na primeira infância podem persistir até mais tarde, apesar de quaisquer mudanças subsequentes – incluindo melhorias – à ingestão dietética.

Ela observou que o cérebro cresce em seu ritmo mais rápido durante os primeiros três anos de vida – indicando que o crescimento do cérebro neste momento está ligado à capacidade intelectual.

Ela acrescentou: “É possível que uma boa nutrição durante este período possa estimular o crescimento cerebral ideal”.

É importante ressaltar que os pesquisadores estavam interessados ​​em padrões alimentares, e não em alimentos individuais. 

Eles analisaram o consumo de grupos de grupos de alimentos que eram comumente consumidos juntos. 

Estes foram classificados como:

processado – alimentos com alto teor de gordura e açúcar e alimentos processados ​​e de conveniência; tradicional – carne, aves, batatas e legumes;

saúde consciente – saladas, frutas, legumes, peixe, macarrão e arroz integral;

lanche – uma variedade de salgadinhos, biscoitos e bolos.

É possível concluir que uma dieta rica em alimentos naturais desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do cérebro, órgão que requer muitos nutrientes para crescer de forma adequada.